Blogagem Coletiva: Quem cuida dos nossos filhos. (Hungria)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Quem cuida?
Eu, eu, eu, papai, eu, eu, papai, eu, eu, eu, sogra, eu...
Aqui em casa é mais ou menos isso, sou eu durante o dia todo, meu marido me ajuda em tudo depois do trabalho, até mesmo trocar fralda, não deixa nenhum assunto de lado, ele é uma grande ajuda realmente, ainda mais agora que dei de escrever.
Desde que tive meus filhos, por ter meus pais longe, sempre fiquei com eles em tempo integral e como meu marido e minha sogra trabalham muito - fora de casa, vale ressaltar - sou eu e eu mesma. Eu faço a limpeza da casa também e a comida, por esse motivo havia muito tempo que não tinha um tempo pra mim. Eu estava sem nenhuma atividade que eu fizesse somente por mim e acostumei-me com aquela corrida de não parar nem para sentar, tentando manter tudo limpo, almoço na hora certa e crianças felizes com minha atenção. Não estava sendo nada fácil, mas eu estava satisfeita, gosto mesmo do papel de mãe full time, como já contei uma vez aqui. Minha sogra ajuda, mas como trabalha muito, só pedimos para ela ficar com as crianças quando temos alguma programação a dois e não é todo fim de semana que dá, pois ela tem as programações dela também.
As coisas mudaram um pouquinho quando meu primeiro filho entrou na escolinha, um tempinho começou a surgir no meu dia e eu voltei a escrever.
Aqui na Hungria, como já comentei em outras blogagens, as mulheres têm até 3 anos para ficar em casa com os filhos, o que faz com que babá seja uma profissão quase não vista. As crianças ou estão com as mães até os 3 anos, quando começam a pré-escola, ou entram no maternal no caso da mãe sentir falta do emprego antes disso. Da pra emendar com o segundo filho também, o que faz com que seja possível até 6 anos em casa... Imagina... Também não acreditei antes de ser mãe. E as escolas são praticamente de graça, todas, só tendo que pagar pelo almoço das crianças, que é muito bom, e lanches no café da manhã e da tarde, no caso da criança ficar o dia todo. A comida não é cara e se a criança faltar, recebe o dinheiro de volta. As escolinhas aqui não têm horários, ficam abertas das 6 da manhã até as 6 da tarde e os pais levam e buscam conforme o horário de trabalho.
Meu filho, particularmente, fica até depois do almoço, pois não consegue dormir na sonequinha da escola, que acontece depois de todo almoço. E eu fico feliz em passar parte do dia com ele. O irmãozinho também sente falta se ele resolve tirar uma soneca na escolinha. Mas já é uma grande ajuda, pois não tenho que pensar em almoço para ele. A partir de setembro meus 2 filhos irão para a escola e ficarei com a manhã para mim... Nem consigo imaginar isso... Vou poder adiantar muita coisa nesse período e brincar mais com eles na parte da tarde. Pelo menos é isso que estou planejando, a prática é outro assunto...
Empregada também não é de costume por aqui e é até difícil de se encontrar, artigo de luxo mesmo, a maioria das pessoas fazem a limpeza da própria casa.
Agora faço tudo aquilo, do mesmo jeito, sozinha, e ainda escrevo com a super cooperação do meu marido que praticamente me empurrou para uma vida ainda mais completa. Eu achava que não conseguiria enfiar mais uma atividade, mesmo sendo um hobby, mas ele me convenceu de que eu precisava disso. E ele tinha razão. Como eu faço? Também não sei, mas fui enfiando na minha rotina, me obrigando a fazer, até que entrou nos horários, como se sempre estivesse ali, tomou seu lugar na correria do meu dia. Confesso que a casa tem estado mais bagunçada algumas vezes, mas meu marido tem ajudado nos finais de semana.
Admiro as mulheres que conseguem trabalhar fora e cuidar dos filhos, mas eu decidi fazer uma coisa. Não sou do tipo que consegue fazer bem todas elas, então escolhi como principal o que me é mais valioso. Muitas vezes ouço como resposta, quando me perguntam o que eu faço, que: "Ah, não trabalha, que bom não fazer nada...". Bom, nós todas sabemos que não é assim, mas é o que minha escolha provoca em muita gente, querendo ou não e eu tenho que aceitar o fato. Procuro compreender quem me faz comentários assim e esclarescer que escolhi ensinar meus próprios filhos, por isso não trabalho de professora, limpo minha casa, por isso não sou faxineira, faço a comida em casa, por isso não sou cozinheira... Por que cuidar de outros filhos é considerado trabalho e cuidar dos próprios causa olhares de desconfiança, como se eu fosse preguiçosa? Tenho todos os trabalhos na minha casa, para minha família e não trocaria isso pelo dinheiro de fazer o mesmo por outros, apenas para ser aceita como alguém que trabalha.
Aqui na Hungria são poucas as mulheres que decidem ser "donas de casa", talvez pelo tempo mais que justo com as crianças e falta de necessidade de largar tudo. Eu como estrangeira não posso exercer minha profissão, que é na área de comunicação - quando fiz o curso não passava pela minha cabeça me mudar do Brasil - totalmente inútil na Hungria, com um idioma tão diferente.
Minha mãe trabalhou quando éramos bem pequenos, até perceber que seu dinheiro ia quase todo para a babá e que não tínhamos acréscimo nenhum com isso, largou o emprego e passou a cuidar de mim e do meu irmão, o que significava não apenas ficar em casa e sim, sentar conosco para fazermos a lição de casa, educar, dar carinho e tudo mais que uma babá comum dificilmente consegue. Admiro a atitude da minha mãe e sei que não seríamos as mesmas pessoas sem isso.
Além disso, tenho descoberto muito sobre as possibilidades de uma mãe trabalhando em casa - graças ao especial do MI, onde participei ativamente pesquisando e lendo muito na internet para escrever artigos - e talvez um dia eu já não tenha que me explicar, pois com o sucesso, vem a compreensão e eu espero chegar lá, ser elogiada por ter escolhido  ficar em casa. Longo caminho, mas me parece uma ótima recompensa.
Meu sonho sempre foi minha família, agora quero vivê-lo ativamente, participando do desenvolvimento. Trabalhar, pra mim, é colaborar para um mundo melhor, sendo fora, ou dentro de casa, tanto faz, o que realmente vale é o que criamos.
Quer saber mais sobre "Quem cuida dos nossos filhos" em outros países? É só clicar no link abaixo.



COMENTÁRIOS AQUI!:


Mikelli Says: 
entao por ai o esquema é parecido com aqui na Alemanha hehe os pais é que "carregam" o peso hehe afinal, o filho é de quem ne? =) claro que uma ajuda é sempre bem-vinda, mas acho certo assim tb. bjs!
Carol Says: 
Sim Mi, acho super legal isso! Meu marido estranha quando vamos ao Brasil e as mães fazem tudo nas festinhas enquanto os pais apenas tomam cervejinha, a criança só recorre a mãe. Aqui somos nós dois correndo atrás de criança, o primeiro que meus filhos encontram é que vai ajudar a levar no banheiro, dar comida, pegar suco...
Eu super recomendo esse jeito... ahahha ;)
Beijinhos!
Clarinha Says: 
Discordo de vc em um ponto: vc é muito boa em muitas atividades ao mesmo tempo! Afinal como seria possível cuidar de todos e da casa se não fosse? Não se esqueça disso. Parabéns!
Carol Says: 
Obrigada lindinha!!! :)
Não vou me esquecer não do que vc disse, nunca. 
Beijinhos!
Dany Gouveia Says: 
Carol, acho que nao e so Malta que eles economizam...rsrs...Temos sorte de termos a sogra por perto p/ ajudar qd precisamos de um programinha a dois neh...mas tbm nao gosto de abusar, nao..rsrs 
E so sendo mae, p/ aprender administrar o tempo como ngm!

Bjkas
Mamãe Livia Says: 
Carol, concordo em gênero, número e grau! Sempre trabalhei fora, e quando vim para cá tinha acabado de terminar meu doutorado em direito tributário, achava que ia ser fácil arrumar emprego e não foi. Eu queria muito voltar a trabalhar fora, fiquei até meio deprimida por um tempo. Depois fiquei pensando se valeria a pena gastar todo o dinheiro que eu ganharia numa babá ou no childcare full time... Então surgiu uma ótima oportunidade de trabalhar como pesquisadora para uma universidade e voilá, agora trabalho de casa e tenho tempo para ficar com a minha pequena. Acho que, no fim das contas, as coisas acabam se encaixando, né?
Beijos, e parabéns pelo post!
Livia
Carol Says: 
Dany, é isso mesmo, temos sorte sim, se não fosse ela eu estaria perdida... Mas não gosto de abusar porque ela tem avidinha dela e tem as coisas dela e nem sempre inclui as crianças por perto, ta certa ela, tem que se divertir mesmo e a gente vai dividindo a diversão... ;)
Beijinhos!
Carol Says: 
Livia, eu me senti mal durante muito tempo, não por ser dona de casa, mas por essa idéia de quem fica em casa é porque não faz nada, mas não queria ser empregada ou babá por aí, prefiro ser isso em casa... Agora surgiu essa de escrever e não me importo que não ganho dinheiro, creio que meu trabalho é recompensado assim, conhecendo pessoas lindas como vcs e podendo ajudar os outros. E porque não seria trabalho? Uma hora surge algo com dinheiro, mas não é nele que penso, estou super feliz assim.
Que bom que vc conseguiu um negócio desses! Parabéns!
Beijinhos!
Michelle Says: 
Olá, Carol!

É, os tempos mudaram e as vovós também! Elas trabalham, estudam e viajam muito! E, principalmente, sabem que têm todo o direito de fazer isso nesta fase (tão esperada dps de criar os próprios filhos!). As duas vovós da nossa família são ocupadíssimas e mesmo no Brasil conto nos dedos as vezes que "usufruí" do benefício. Quem cuida é a mamãe e o papai, vovó, quando tem e tem tempo, é pra passear. Na verdade, eu curto a relação de descomprometimento dos avós com meus filhos. E até incentivo! É uma farra só.

Acho que vc e seu marido acertaram em cheio na ideia de dedicar um tempo para que vc escreva. Certamente um pouco de bagunça em casa e uma mamãe mais sorridente é uma excelente relação de custo-benefício :) E quando os "comentaristas" falarem que vc não trabalha, vale à pena informar sutilmente que, muito provavelmente, vc trabalhe mais do que quem comentou. Lembrando que no seu calendário não tem dia santo, feriado, nem sábado ou domingo!

Bj,

Michelle Siqueira
Ann Says: 
Oi Carol,
Adorei saber da licenca maternidade de 3 anos, que avanco....aqui ainda esta muito precario.
Quanto a ficar em casa, e por ai mesmo, fiz a mesma escolha, entre ir trabalhar para pagar quase todo o salario para alguem cuidar dos meus filhos, prefiro eu mesma fazer, veremos o beneficio no futuro, quando o carater deles estiver formado!
Muitissima boa sorte para voce!
PS: Vi que vc e de Sorocaba, tenho grandes amigos de Faculdade la, que coincidencia boa!
xx
Beatriz Zogaib Says: 
Olá! Acabo de conhecer seu blog e tenho que te dizer uma coisa: não espere reconhecimento de ninguém! A escolha de ficar em casa cuidando de tudo não é muito valorizada, porque simplesmente quase ninguém sabe o que é isso! Eu fiz essa mesma escolha, respeito as mulheres que querem e precisam trabalhar fora, mas acho que todos deveriam respeitar as que não fazem isso e que, sim, vc sabe, trabalham duro em casa!!!
Parabéns pela vida, pelos filhos. E que bom que vc conta com escolinha no horário que vc quer. Ótimo não? Melhor ainda a mulher poder ficar em casa 3 anos! Lembrando que "ficar em casa"significa ser mãe e dona de casa em tempo integral, o que não é fácil, mas é compensador! Como funcionam esses 3 anos? Recebem auxílio do governo ou estabilidade no emprego quando querem voltar?
grabde abraço
Bia (www.vidadamami.blogspot.com)
Celi Says: 
Carol,
Concordo plenamente com você! Com certeza nossos filhos terão maravilhosas lembranças. Penso que ser mãe em tempo integral é privilégio de uma minoria. Aposto que tem muitas mães que adorariam passar o dia com o filho, acompanhar cada passo, ver cada descoberta, intervir auxiliando ainda mais no desenvolvimento, educar, dar carinho, cuidar, amar cada segundo. 
E quem disse que nós não trabalhamos? Que ser dona de casa e mãe em tempo integral é fácil. Dou risada quando as pessoas dizem isso, pois aposto que não dariam conta de metade da metade que fazemos...
Sabe que escuto e simplesmente deleto. Não fico discutindo.
Cada um tem a sua consciência. Sou consciente e uma mãe muito feliz! 
Feliz de viver essa fase dos meus filhos pequenos. Não tem igual, não tem trabalho que não seja recompensado.
Parabéns para todas nós.
Fiquei feliz de saber da sua rotina. Sabe que também estou adorando escrever no blog. Acho melhor ainda ler o blog das parceiras e comentar. Gosto dessa interlocução!
Um beijo e até mais.
Carol Says: 
Michelle, é verdade, nossos pais tem uma vida muito mais jovial que nossos avós, eles estão recomeçando a curtir a vida e por isso mesmo não fico no pé para que a sogra cuide das crianças, quando vemos que ela não tem programa a gente corre pedir um tempinho pra nós... ahahhah Nos damos bem assim.
Sim, agradeço muito ao meu marido por ter insistido no meu hobby, tem me feito um bem enorme, mesmo com o trabalho mais apertado.
O brigada pelo comentário. 
Beijinhos!
Carol Says: 
Beatriz, é verdade que não dá para esperar reconhecimento de quem não viu nunca o nosso lado, mas quem sabe eu consiga escrever algo bem legal um dia e ser reconhecida como uma mompreneur... rsrsrs Essas estão conseguindo dar um bom nome ao nosso time... rsrsrs
Os três anos são pagos pelo governo e o emprego é garantido sim, como uma licença mesmo. Não sei como eles fazem, mas funciona, tenho uma amiga que ficou 5 anos em casa, pois emendou com o segundo filho(super normal tb) e está voltando depois do verão para o seu antigo emprego. Acho uma coisa muito legal por aqui.
Espero que volte sempre ao blog!
Beijinhos!
Carol Says: 
Celi, a gente tem se entendido bem pelas postagens, não é? Temos muitos pensamentos parecidos, pelo que vejo... :)
Tem muita gente que não pode fazer o que fazemos, largar o emprego para cuidar dos filhos, e conheço exemplos assim, mas temos sorte de podermos ter esse tipo de emprego e só fico meio infezada quando alguém faz pouco, mas tb sei que é totalmente inutil disutir isso, é assim... rsrsrs
Fiquei muito feliz por começar a escrever e principalmente por conhecer pessoas como vc, pessoas que eu nunca vi antes, mas que já sei que não vou esquecer. 
Minha vida com certeza já é muito mais rica, meu pagamento... :)
Neda Says: 
Muito interessante saber como é ai na Hungria.
Durante dois anos eu fui uma mãe que trabalhava e gostava, há quase três sou mãe em tempo integral e depois da adaptação (sim, tem adaptação) adoro e em breve vou ter outra experiência. Foram todas experiências enriquecedoras. E hoje trabalho muito mais do que antes, meu trabalho não tem hora para acabar. Infelizmente, não tenho avós por perto para dar uma forcinha, mas por sorte tenho uma excelente profissional que pode ficar com o G. para um programa a dois. 
BJS
Mariana Says: 
Eu quero largar tudo e ter um filho ai! Tenho a empresa de comunicacao no brasil e so pude deixar de trabalhar por 3 meses!!! Por isso nao tenho outro filho! Ja priorizo meu tempo entre um filho a empresa marido casa amigos e familia.... Euzinha jz to em ultimo!
Ana Says: 
Adorei saber que a licenca maternidade ai eh de 3 anos! Nossa, e eu achando que 1 ano no Canada era bom demais! hahahahah Eu penso tambem como voce, mas tive que voltar a trabalhar. Mas vira e mexe eu me pergunto sobre a minha decisao. O que me doi menos eh que pelo menos eh part time, entao da pra conciliar mais ou menos as duas coisas.
Carol Says: 
Neda, que legal que você já experimentou de tudo, eu até trabalharia fora, mas em algo que gosto, meu problema é esse aqui na Hungria, não da pra trabalhar em comunicação, então não quero trabalhar em qualquer coisa, prefiro ficar com eles então, que é uma coisa muito gostosa, mas é o que vc disse, não tem hora de descanso... rzrsrsrs
Beijinhos!
Carol Says: 
Mariana, eu tb fiquei de boca aberta ao saber dessa licença, é que eu não trabalhava fora, mas mesmo assim recebo do governo pelos filhos até os 3 anos de cada um. Agora, toda mulher que trabalha e que pensa em ter mais que 1 filho por aqui, já vai tendo logo um atrás do outro, imagina ficar 5 ou 6 anos de licença e depois poder voltar pro trabalho normalmente...
Acho que é a melhor coisa da Hungria, esse apoio a maternidade.
Beijinhos!
Carol Says: 
Ana, é bom mesmo, né?
Se eu pudesse trabalhar na minha área por meio pe´riodo, eu acho que faria... Tem as vantagens e vc pode ter seu próprio dinheirinho, que é uma coisa gostosa, não é? Por mais que o maridão não me negue dinheiro, é estranho pegar dele pra comprar um presente pra ele...rsrsrs Mas como ele mesmo diz, o salário tb é meu, por eu fazer a parte que ele não consegue, trabalhamos em conjunto.
Mas meio período é bom, vc pode até conciliar melhor a sua hora de trabalho e hora de criança, agora que eu tenho tentado trabalhar em casa, escrevendo livro, é uma bagunça, não da pra separar uma hora pra trabalho porque se a criança pede algo, tenho que parar e faço isso mil vezes... Na verdade trabalho o dia todo, nos intervalos... ahahahhah Até me concentrar e começar algo da tempo de escrever uma frase e já tenho que fazer outra coisa pra eles... Vai demorar muito pra sair esse livro... ahahahhaha
Beijinhos!
Carine Says: 
Carol meu sonho poder levar e buscar meu filho a hora que bem entender! Quando coloquei a minha menina pela primeira vez na escolinha ela tinha 3 aninhos, ela gostava de ir mas outros dias ralava muito tb para ir, resultado ela faltou muuuito no seu primeiro ano. Sobretudo que seu irmao era muito pequeno e precisa dormir tranquilo em vez de ser acordado para levar a irmao toda hora. das 8h30 as 11h30 e das 13h30 as 16h30 um horror este vai e vem! E a professora dela, nem te conto, achava muito estranho meu jeito cigano de frequentar a escola.

Eu te dou o maior apoio e desejo sucesso com seu trabalho em casa. Eu, apesar das organizaçoes, estou amando trabalhar em casa. beijao
Carol Says: 
Oi Carine!
Sei bem como é, mau filho tb gosta da escolinha, mas quando vira obrigação ele já não gosta, é um custo levar todo dia, invento a maior estória e escolhemos brinquedo pra ele levar e mostrar pros amiguinhos... ahahha Tem dia que ele enrola tanto que vai pra almoçar, praticamente. Mas tb não quero que ele encare escola como coisa ruim, então prefiro ir convencendo na brincadeira e deixá-lo faltar as vezes, pra ver se ele não fica com raiva de frequentar... Depois, quando for obrigatório mesmo, quando tiver aula e tal, aí é outra estória... mas te entendo completamente! rsrsrs
Os horários flexíveis com certeza me ajudam.
Beijinhos!
Joice Says: 
Carol adorei conhecer um pouco mais da tua vida na Hungria, grata por compartilhar :) Eu penso que é um privilégio poder acompanhar o crescimento dos nossos filhotes, super recompensador! A minha filha começou a engatinhar alguns dias atraz e eu me emocionei e agradeci muito ao Cosmos por ter a oportunidade de presenciar esse acontecimento, se eu trabalhasse fora de casa não estaria perto!!! Outra coisa, vc escreve super bem, quem sabe daqui a pouco esse seu hobby vira uma profissão!!! Como diz a música se tudo pode acontecer, pode acontecer qualquer coisa" Beijos Grande
Ana Paula - Journal de Béatrice Says: 
Nossa Carol!
Comoveu-me!
Entendo bem tudo o que vc escreveu. A minha vida aqui nao é tão diferente e, ainda bem, temos maridos parceiros-companheiros-colaboradores, pois senão o fardo seria bem maior.
Qto à presença materna 24 horas por dia, sei que é puxado. Tenho os dias otimos, mas tb os nao muito legais e chego a sentir a necessidade de ter o meu tempo, o meu espaço, as minhas coisas para fazer. Isso tb é importante. Mas, uma coisa eu posso falar: é um privilegio poder educar e esta perto dos filhos. 
Beijos : )
Carol Says: 
Joice, obrigada! Que assim seja! rsrsrs Seria muito bom transformar esse hobby em profissão, tb sou da opinião de que tudo é possível. :)
Também acho um privilégio estar perto deles e ensinar tudo de acordo com o que eu acredito que seja importante. Nem consigo imaginar outra pessoa, ensinando outras teorias de como se deve viver a vida, porque é isso que ensinamos, a viver... é uma enorme responsabilidade e não gostaria ter que deixar para outra pessoa. Já na escola discordo de certas coisinhas, mas tudo bem, a gente conversa em casa e tudo é esclarecido...
Que bom que gostou do post, espero te ver sempre aqui. 
Beijinhos!
Carol Says: 
É Ana Paula, é cansativo muitas vezes e tem os dias que a gente não se entende muito bem com eles, que eles estão com toda energia e nós não... Mas acho recompensador. Minha mãe é o exemplo que sigo e ela estar do nosso lado, meu e do meu irmão, fez toda diferença, com certeza. É assim que contribuimos para o mundo, com pessoas melhores, acho que maior contribuição é difícil achar... :)
Beijinhos!
Alessandra Mosquera Says: 
Oi Carol!
Adorei o post e a sua forma de escrever, leve e delicada, gostei mesmo. Você é formada em que, em Jornalismo? Eu sou jornalista e deixei de ser quando vim pra Espanha, entendo perfeitamente quando vc diz que gostaria de trabalhar na sua área, mas como nao é possível, prefere ser mami full time e escrever por prazer. Penso exatamente igual (pena que terei de procurar emprego por necessidade), e pra mim o blog é um hobby e uma terapia, porque sempre amei escrever e nao posso ficar sem, seja de forma paga ou grátis, hehehehe. Quem sabe a gente chega lá mesmo!
E sobre ser mae full time, minha mae me diz que ela também parou de trabalhar quando nasceu o meu irmao mais velho, e uma amiga dela dizia "tome conta do seu filho, nao pague a uma estranha para fazer isso por você; você nao poderá ter seu salário. E ai? O que vc quer, um vaso bonito na mesa da sala ou o seu filho bem criado? O vaso você sempre poderá comprar, mas a educaçao do seu filho só tem uma vez na vida de fazer", nunca me esqueço dessas palavras.
E, sim, é uma meleca o preconceito das pessoas, eu também já ouvi umas indiretas por estar tomando conta do Izan e nao procurar emprego...
Carol Says: 
Oi Ale! Sou publicitária, mas trabalhei táao pouco na área que até penso pra falar... rsrsrs mas escrever eu sempre escrevi, diários, agendas, pequenas crônicas... Quem sabe um dia saia um livro, não é?
Sabias palavras da amiga da sua mãe, não é? Eu acho que a decisão da minha mudou a minha vida e a do meu irmão, o fato de ela passar a tarde toda em dias de provas, estudando com a gente foi um incentivo que em lugar nenhum eu teria. E sinceramente, fora escrever, não tem nenhum emprego que seja tão imperdível, pra mim, que valha arriscar não passar o tempo todo com meus filhos. Sou do lar com muito orgulho! ahahah
Beijinhos!
Anônimo Says: 
Carol, meu nome é Valéria e sou amiga da Alessandra Mosquera. Como escrevi para ela, em breve vou querer participar desse mães internacionais, gostei bastante. Gostei muito de ler sobre a Hungria e estou escrevendo para você porque, em breve, vamos nos mudar para a Eslováquia, quero ser mãe em tempo integral! Sinceramente, não dê ouvidos para as pessoas que acham estranho você não trabalhar, além do mais, aí vc tem uma boa desculpa por ser estrangeira. Eu fiz a escolha errada qdo optei por ficar no Brasil e hoje carrego uma frustração e tristeza sem tamanho dentro de mim por não ter podido ficar com a minha filha até ela ter pelo menos dois anos. Voltei a trabalhar período integral qdo ela tinha apenas 5 meses, e pior, voltei para ficar sem fazer quase nada, pois foi logo depois da crise, e os projetos de comunicação da Petrobras (onde trabalho) ficaram quase todos parados. A gente ficava navegando na internet, meio que sem ter o que fazer, mas tinha que cumprir horário. Várias vezes sugeri que a empresa flexibilizasse a jornada de trabalho para mães com filhos pequenos, ou para todos que gostariam de trabalhar só meio período (com redução de salário, claro!), mas a Petrobras é muito política e conservadora. No fim, minha filha foi pra creche antes de completar um ano e de criança sadia que era, passou a viver doente. Eu entrei em depressão, um horror. Então, decidimos que vamos sair do Brasil, meu marido não se adaptou ao Rio, transferência para o Sul é muito difícil e, se tivermos outro filho, não quero passar por isso de novo. Também ainda quero curtir a minha filhota que agora está com dois anos, cada vez mais linda e esperta. Eu ganho muito bem, sou concursada, mas dinheiro não é tudo. Agora vou priorizar a minha família, pois poder criar nossos filhos não tem preço.
Carol Says: 
Ah Valéria, só vi agora seu comentário, não sei porque, sempre vejo todos, mas de alguma forma pulei o seu, sem querer claro...
Que legal que vc vem pra cá, não sei como é na Eslováquia, mas o fato é que por aqui as pessoas sabem viver com qualidade. Mesmo quem trabalha, eu sinto que tem horários mais humanos que no Brasil. Aqui na Hungria o trabalho é até as 4 da tarde e no verão, que fica claro até as 10 da noite, temos muito tempo pra curtir os filhos e a família. Meu marido tem um relacionamento com as crianças que eu não vejo muito no Brasil, ele é muito próximo, por ter esse tempo, creio eu. Eu gosto do rítmo de vida daqui. O trabalho é um instrumento para se ter uma vida melhor e não é a vida da pessoa.
Fora essa mentalidade da licença maternidade de 3 anos, uma coisa que brasileiro nem sonha, infelizmente. Super importante para o desenvolvimento deles e a nossa saude tb, evita coisas como depressão, que a mulher está mais sensível nessa época mesmo.
Espero que vc venha e goste da sua vida aqui. Tem muita coisa que é diferente e que sentimos falta, tem o lado de querer voltar, mas depois que aceitamos as diferenças, creio que é uma delícia viver por aqui.
Boa sorte!
Beijinhos!


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